Como sempre, por aqui estamos atrasados para a moda. Enquanto outros veículos causam polêmicas usando o nome do mais novo game da franquia, por aqui, terminamos o lançamento anterior da franquia: Metroid Samus Returns.
Metroid Samus Returns
Metroid: Samus Returns é um jogo de ação-aventura desenvolvido pela MercurySteam em colaboração com a Nintendo, lançado em setembro de 2017 para o Nintendo 3DS.
Samus Returns, na verdade, é um remake de Metroid II: Return of Samus, lançado para o Game Boy em 1991.
A história acompanha a jornada da caçadora de recompensas Samus Aran que após os eventos de Metroid Zero Mission (que por sua vez é um remake do Metroid original) retorna com uma nova missão.
Após tomar consciência dos perigos representados pela ameaça dos parasitas Metroids, a Federação Galáctica decide enviar Samus ao seu planeta de origem SR388, com o objetivo de exterminar a espécie, antes que os mesmos sejam capturados pelos piratas espaciais e utilizados como armas.
Apesar de simples, segue a linha do original e expande muito, a ponto de apresentar novidades.
Gráficos e Som
Samus Returns, trabalha com uma jogabilidade “2.5D”, onde seus gráficos são 3D, porém a visão da câmera é como os títulos em 2D. Como é de se esperar, o 3Ds só é melhor aproveitado nas cutscenes, que são bem dinâmicas.
– Não dá para negar que é um jogo bonito. Entra facilmente na lista de melhores gráficos para o portátil.
Sua trilha sonora segue a mesma do original, porém foram refeitas. – São boas, mas não são memoráveis, talvez uma ou outra gruda na cabeça, mas não passa disso.
Jogabilidade e as Mecânicas Novas
Sua jogabilidade segue o mesmo padrão que Metroid estabeleceu durante os anos.
Samus anda, pula, atira em múltiplas direções (Não fica limitado às diagonais como era nos anteriores), se pendura em bordas e utiliza suas habilidades.
O game é separado por áreas e para seguir para a próxima, Samus precisa destruir uma quantidade X de Metroids que estão naquela determinada área.
Para ajudar a caçadora de recompensas existem os já manjados upgrades da Power Suit, como a Morph Ball, a Varia Suit e etc, além de novas mecânicas.
Um exemplo é o Melee Counter, onde Samus consegue contra atacar os ataques de monstros, e alguns ataques de chefes, apertando o botão X no momento certo. – Mecânica mais do que bem vinda diga se de passagem, pois facilita nas lutas contra os chefes e subchefes.
Outra novidade inserida é a barra de energia Aeion, que é usada para utilizar as Aeion Abilities.
Existem quatro e elas te ajudam a passar por alguns trechos do mapa para avançar na história ou conseguir itens, são elas:
- Scan Pulse: Usa o Aeion para escanear uma área. É usada para revelar uma parte do mapa a sua volta, além de itens coletáveis, como energy tanks, missiles tanks etc.
- Lightning Armor: Cria uma barreira protetora elétrica em volta do corpo de Samus.
- Beam Burst: Aumenta o poder de ataque e a velocidade de disparo do laser padrão de Samus.
- Phase Drift: Usa o Aeion para desacelerar o tempo para todos menos para Samus.
Também é possível selecionar mais de um tipo de ataque, que podem ser usados separadamente, existe o tiro de plasma comum, o de gelo, e o gancho.
Esse remake assim como a sua versão original é o único Metroid onde Samus consegue subir pelas paredes utilizando a Spider Ball.
Chefes
Uma coisa que é preciso pontuar nesse game são os seus chefes, que se mostram bem desafiadores.
Quero destacar a palavra “desafiador”, não difícil. São aqueles chefes que te ensinam a jogar contra eles te matando.
Diferente dos anteriores, desviar de um ataque de forma simples e spammar míssil no ponto fraco dos chefes não é mais tão eficaz. Alguns ataques te abrem uma opção de reação, e não estamos falando apenas do counter, mas das outras habilidades de Samus. Cabe ao jogador entender e agir da maneira correta.
Esse novo “estilo de luta” não torna a experiência frustrante, com as mortes você passa a decorar seus movimentos e usar do seu arsenal para contra atacar ou não.
Vale a pena?
De maneira geral, Samus Returns não é apenas um bom Metroid, mas também é um bom jogo. Ele traz novos elementos para a franquia, como a mira em 90º graus, gráficos 2.5D belíssimos, batalhas com chefes muito boas e dinâmicas e novas habilidades únicas. Tudo isso sem perder a essência da franquia Metroid.
Como sempre, dá para terminar o jogo em menos de 3 horas, porém na primeira gameplay, demorei cerca de 13 horas e 30 minutos, isso pegando 100% dos itens, o que é bom tempo.
Ésse é um título obrigatório para qualquer fã da franquia, pois expande mais a história, e querendo ou não nos dá uma prévia do que esperar para o Metroid Dread.